A Caixa Cultural Brasília apresentou durante o mês de setembro e outubro de 2010 a exposição “Kuarup – a última viagem de Orlando Villas Bôas” que retrata a história do grande sertanista que trocou seu emprego e a vida na cidade pela selva, dedicando grande parte dela em defesa dos povos indígenas.
A exposição mostra, por meio das fotografias de Renato Soares, um pouco sobre a vida e o trabalho de Orlando Villas Bôas, o mais velho de três irmãos, Cláudio e Leonardo, que juntos estiveram a frente dos trabalhos em defesa dos direitos indígenas. Em sua longa jornada, Orlando, juntos aos irmãos liderou a Expedição Roncador-Xingu, iniciada em 1943 que acabou originando o Parque Nacional do Xingu que foi oficialmente criado por lei em 1961.
Orlando Villas Bôas fez da sua vida uma grande jornada em busca da promoção e do reconhecimento das comunidades indígenas pelo Brasil, tendo como o objetivo quebrar a visão política negativa sobre a troca cultural entre caraíba (homem branco) e os índios. Por isso, o sertanista teve o reconhecimento dos povos indígenas e foi o único homem branco a ser homenageado em um Kuarup especialmente feito para ele.
Em meio a uma oca indígena repleta de imagens capturadas por Renato Soares, artesanatos indígenas e objetos pessoais de Orlando Villas Bôas, a exposição retrata o festival que ocorreu em 2003 com a participação de mais de dois mil índios de várias etnias que se reuniram na aldeia Yawalapiti, no Xingu, para celebrar o que até hoje é considerado o maior Kuarup realizado, um ritual de passagem que objetivava trazer os mortos de novo à vida.
A exposição é fruto do trabalho desenvolvido pelo projeto Gente Arteira, oferecido pela Caixa Cultural, que alia ação pedagógica à programação cultural, realizando oficinas de artes plásticas, música, dança e teatro, além de oferecer monitoria às exposições. Tatiane Romeu, supervisora do Gente Arteira comenta a importâcia da divulgação dos costumes indígenas e principalmente do trabalhos de reconhecimento a Orlando e de seus irmãos. “É importante ao público ter uma nova visão sobre a troca de cultural entre homem branco e o indigena, nas escolas temos a educação oral e não temos a visual, as crianças precisam ver um vídeo, uma foto para saber o que aconteceu”, comenta Tatiane. A supervisora fala da aceitação do público com a exposição, que teve a visitação de estudantes do ensino fundamental, médio e até de instituições de ensino superior de Brasília e identifica uma assimilação maior do público quando entram em contato com outra percepção do trabalho desenvolvido para a preservação da cultura indígena. “As pessoas sabem que existe um trabalho da Funai com os índios, mais eles não sabem como isso acontece. Não sabem como o homem branco vai para aldeia e aqui podem ver como isso aconteceu.”
A exposição “Kuarup – a última viagem de Orlando Villas Boas” segue agora para a Salvador e ficará aberta a visitações de 30 de novembro deste ano até 30 de janeiro de 2011 na Caixa Cultural. Para o centro de cultura essa exposição é uma forma de gerar conhecimento sobre os costumes e sobre a vida dos irmãos Villas Bôas, além de fazer uma afirmação positiva sobre a troca cultural entre brancos e índios através de projeto de educação lúdica.
Kuarup
Kuarup é um ritual dos grupos indígenas do Parque do Xingu para homenagear os mortos. Os troncos feitos da madeira “kuarup” são a representação concreta do espírito dos mortos ilustres. A festa corresponderia à cerimônia de finados do homem branco, entretanto, o Kuarup é uma festa alegre, exuberante, onde cada um coloca a sua melhor vestimenta na pele. Na visão dos índios, os mortos não querem ver os vivos tristes ou feios. As atividades são desde a ornamentação do tronco Kuarup, que representa o homenageado até as tradicionais danças e atividades das etnias indígenas.
A exposição mostra, por meio das fotografias de Renato Soares, um pouco sobre a vida e o trabalho de Orlando Villas Bôas, o mais velho de três irmãos, Cláudio e Leonardo, que juntos estiveram a frente dos trabalhos em defesa dos direitos indígenas. Em sua longa jornada, Orlando, juntos aos irmãos liderou a Expedição Roncador-Xingu, iniciada em 1943 que acabou originando o Parque Nacional do Xingu que foi oficialmente criado por lei em 1961.
Orlando Villas Bôas fez da sua vida uma grande jornada em busca da promoção e do reconhecimento das comunidades indígenas pelo Brasil, tendo como o objetivo quebrar a visão política negativa sobre a troca cultural entre caraíba (homem branco) e os índios. Por isso, o sertanista teve o reconhecimento dos povos indígenas e foi o único homem branco a ser homenageado em um Kuarup especialmente feito para ele.
Em meio a uma oca indígena repleta de imagens capturadas por Renato Soares, artesanatos indígenas e objetos pessoais de Orlando Villas Bôas, a exposição retrata o festival que ocorreu em 2003 com a participação de mais de dois mil índios de várias etnias que se reuniram na aldeia Yawalapiti, no Xingu, para celebrar o que até hoje é considerado o maior Kuarup realizado, um ritual de passagem que objetivava trazer os mortos de novo à vida.
A exposição é fruto do trabalho desenvolvido pelo projeto Gente Arteira, oferecido pela Caixa Cultural, que alia ação pedagógica à programação cultural, realizando oficinas de artes plásticas, música, dança e teatro, além de oferecer monitoria às exposições. Tatiane Romeu, supervisora do Gente Arteira comenta a importâcia da divulgação dos costumes indígenas e principalmente do trabalhos de reconhecimento a Orlando e de seus irmãos. “É importante ao público ter uma nova visão sobre a troca de cultural entre homem branco e o indigena, nas escolas temos a educação oral e não temos a visual, as crianças precisam ver um vídeo, uma foto para saber o que aconteceu”, comenta Tatiane. A supervisora fala da aceitação do público com a exposição, que teve a visitação de estudantes do ensino fundamental, médio e até de instituições de ensino superior de Brasília e identifica uma assimilação maior do público quando entram em contato com outra percepção do trabalho desenvolvido para a preservação da cultura indígena. “As pessoas sabem que existe um trabalho da Funai com os índios, mais eles não sabem como isso acontece. Não sabem como o homem branco vai para aldeia e aqui podem ver como isso aconteceu.”
A exposição “Kuarup – a última viagem de Orlando Villas Boas” segue agora para a Salvador e ficará aberta a visitações de 30 de novembro deste ano até 30 de janeiro de 2011 na Caixa Cultural. Para o centro de cultura essa exposição é uma forma de gerar conhecimento sobre os costumes e sobre a vida dos irmãos Villas Bôas, além de fazer uma afirmação positiva sobre a troca cultural entre brancos e índios através de projeto de educação lúdica.
Kuarup
Kuarup é um ritual dos grupos indígenas do Parque do Xingu para homenagear os mortos. Os troncos feitos da madeira “kuarup” são a representação concreta do espírito dos mortos ilustres. A festa corresponderia à cerimônia de finados do homem branco, entretanto, o Kuarup é uma festa alegre, exuberante, onde cada um coloca a sua melhor vestimenta na pele. Na visão dos índios, os mortos não querem ver os vivos tristes ou feios. As atividades são desde a ornamentação do tronco Kuarup, que representa o homenageado até as tradicionais danças e atividades das etnias indígenas.
Veja o vídeo da exposição:
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