Realizado ontem (21) na cidade de Conquista D’Oeste – MT - um leilão com cerca de 670 toras de madeiras derrubadas ilegalmente que equivalem a 430 metro cúbicos da reserva do Sararé, aprendidas no ano de 2004. As toras se encontram espalhadas pela reserva e são localizadas por georreferenciamento com trilhas de acesso organizadas.
O leilão irá beneficiar as comunidades indígenas que sofreram com a retirada das madeiras. O prejuízo ambiental será amenizado pela arrecadação do leilão, tendo em vista que 90% do montante será alocado para o desenvolvimento de trabalhos com os indígenas sob orientação da Funai. Os outros 10% serão destinados ao leiloeiro que foi escolhido pela Fundação e aceito pela Justiça Federal de Cáceres, a responsável pela autorização do leilão.
O Coordenador da Funai, Benedito Garcia, convidará a população indígena Nambikwára das terras do Sararé, para juntos poderem discutir como melhor aproveitar o dinheiro oriundo do leilão. “Podemos aplicar o dinheiro na recuperação da aérea desmatada, ou em outro projeto que a comunidade esteja favorável” confirma o Coordenador, que ainda ressalta a desvalorização da madeira, “São toras de madeiras muito antigas. Se o leilão tivesse sido organizado na época, arrecadação para os indígenas seria maior”. A responsabilidade pelos leilões ocorrerem é da Justiça Federal.
O destino das madeiras apreendidas nem sempre é direcionado para a doação, uma forma de transformar os danos ambientais em recursos para as cidades e comunidades atingidas pela exploração ilegal. A Funai tem como objetivo principal fazer com que esses recursos que são de direito indígena, pela exploração de suas terras, chegue e ajude as comunidades no seu desenvolvimento, proporcionando melhorias à sua comunidade.
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